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Entrevista: Fernando Oliveira

By 09.09.2020Agosto 2nd, 2023Innovating People

Nome: Fernando Oliveira
Idade: 56 anos
Formação: 12.º ano
Instituição de Ensino: Escola Secundária António Sérgio
Função atual: Production Manager Automation Systems
Controlar - Fernando Oliveira

Apesar de não ser um dos elementos mais antigos da Controlar, trouxe consigo muita bagagem e experiência. Como surgiu o convite para entrar na Controlar?

Sim, efetivamente, e num instante já passaram sete anos. O convite foi feito pelos administradores que já me conheciam da empresa onde trabalhava, assim como de alguns projetos relacionados em que participei. Portanto, já tinham referências do meu perfil. Reuni com os dois responsáveis e foi-me apresentada a remodelação do que pretendiam fazer e qual a mais-valia da minha colaboração. Os principais objetivos seriam a criação e organização do armazém dos materiais, apoio na manutenção de infraestruturas e, paralelamente, acumular o cargo de responsável pelo departamento de montagens de automação. Desta forma, deu-se início a uma nova fase profissional, em que coloquei a minha bagagem e experiência pessoal ao serviço da Controlar.

É Production Manager do departamento de Montagens de Automação. Descreva um dia típico do seu trabalho.

Diariamente acompanho o estado das tarefas e das equipas. Participo nas reuniões de arranque de novos projetos para que, de acordo com o planeamento, toda a equipa tenha os recursos necessários e adequados para o cumprimento dos prazos acordados. Às sextas-feiras é realizada uma reunião de planeamento, momento essencial para a definição semanal das atividades e prioridades das equipas. Da informação recolhida e trabalhada, passo a distribuir tarefas direcionadas a cada elemento da equipa, verifico metas e prazos. Sempre que necessário, são resolvidos imprevistos que aconteçam, tanto internos como externos.

Como é que encara os desafios na sua profissão?

A minha profissão tem dois desafios permanentes: a gestão de trabalho e a gestão de pessoas. É necessário ter competências para a gestão de ambos, garantindo o bom andamento da rotina diária e das atividades da equipa. Aproveitar melhor os recursos e responder às mudanças, de forma rápida e com resiliência, são fundamentais no dia a dia. Gerir pessoas não é uma tarefa fácil. É necessário manter o equilíbrio nas relações humanas e agregar valores, despertar perfis e motivar aptidões, de forma a que os colaboradores trabalhem em consonância com os resultados positivos da organização e com as necessidades individuais e coletivas.

Gosta de promover um bom ambiente no seu departamento? Como consegue manter os seus colaboradores motivados?

Totalmente. É um dos princípios que defendo em absoluto – trabalhar com pessoas satisfeitas e motivadas traz satisfação pessoal e cria um ambiente mais saudável em vários aspetos. Por norma, são mais otimistas, não acumulam tensão e levantam a moral, contagiando os que os rodeiam, sem nunca descurar o foco no trabalho, proporcionando resultados que, em última análise, trazem vantagens importantes à organização.

A motivação consegue-se com respeito, consideração, ouvindo atenta e positivamente, criando empatia e envolvendo os colaboradores nos projetos ou tarefas mais adequadas ao seu talento e competências individuais. Proporcionar uma participação ativa com autonomia entre todos os intervenientes em várias frentes (por exemplo, colaboração em reuniões onde podem expressar as suas opiniões e tomar parte interventiva nas decisões ou na resolução de problemas). Tudo isto são ingredientes que estimulam a participação e motivação.

Do seu ponto de vista, quais são as aptidões de um bom gestor?

Na minha opinião, o dom de “bom gestor” tem de nascer com a pessoa. Um bom gestor tem de ter um bom carisma, ter competências de liderança e pautar claramente os seus valores pessoais e profissionais. Hoje em dia, como sabemos, existem inúmeras ferramentas para a aquisição e desenvolvimento de aptidões, capacidades e técnicas para a evolução de um gestor, de acordo com as especificidades e desafios do mercado empresarial. Considero que é necessário criar harmonia entre a equipa, ter autocontrolo, ter respeito e consideração pelo trabalho das pessoas, ter uma boa comunicação, uma visão perspetivada no futuro, ter um pensamento estratégico, ser assertivo, colocar metas atingíveis, ser um exemplo, mas também proporcionar motivação e inspiração.

Como é que os seus colegas o descreveriam?

Os que me conhecem bem sabem que quando tenho um objetivo bem definido, sou persistente até à concretização efetiva das metas a que me proponho. De uma forma geral, descrevem-me como um profissional com visão de futuro, persistente, focado, organizado, bom tutor para os elementos mais novos e bom conselheiro para os demais.

O que diria a um potencial cliente que precisasse de um projeto de automação e que não conhecesse a Controlar?

Sendo o produto da Controlar muito específico, habitualmente o cliente tem referências de trabalhos executados, transmitindo uma maior confiança nos nossos projetos. A nossa longa experiência, a imagem no mercado, a qualidade e o pormenor do trabalho, as funcionalidades associadas e um bom acompanhamento do cliente fazem toda a diferença.

No ano em que celebra 25 anos de atividade, a Controlar viu-se a braços com um dos maiores desafios da sua existência, a pandemia da COVID-19. Como vê a evolução da empresa no futuro?

Sinceramente, vejo as circunstâncias atuais como um novo desafio. A produção adaptou-se rapidamente e, felizmente, estamos todos disponíveis para a realização das tarefas, cumprindo as diretrizes de segurança internas, bem como as dirigidas pela DGS. A nossa ligação ao mercado da indústria automóvel pode constituir uma fragilidade. Contudo, nas áreas de automação e de sistemas de teste, a Controlar tem um mundo de soluções que pode disponibilizar a novos alvos do mercado. Esta pandemia  irá exigir uma rápida transformação da Controlar, mas acredito que seremos capazes de ter uma resposta rápida, adequada e bem-sucedida.