Idade: 24 anos
Formação: Eng. Eletrotécnica e de Computadores, ramo de Automação
Instituição de Ensino: FEUP
Função atual: Engenheiro Eletrotécnico – Departamento de Automation Systems
Está na Controlar há cerca de nove meses. Como está a correr a adaptação à empresa e porque escolheu a Controlar?
A adaptação está a acontecer de forma lenta, o que neste caso é algo bom. Poder levar o meu tempo a integrar-me na equipa e a conhecer e interagir com os restantes departamentos é algo que considero positivo, podendo assim criar uma melhor relação com as pessoas que os compõem.
Não conhecia a empresa antes de me candidatar à posição, mas as interações que tive com a mesma durante o processo de recrutamento foram muito positivas. Fiquei bastante agradado com a forma de funcionamento da empresa, os seus objetivos e algumas das condições oferecidas. No fim, foi a atitude correta, prestante e simpática das pessoas com que interagi que me levou a escolher integrar a Controlar.
Ao longo deste período integrou a equipa de trabalho de dois projetos importantes para a empresa. Como encarou estes desafios?
Inicialmente estranhei o facto de pretenderem envolver-me em projetos de grande dimensão e importância para a empresa, tendo em conta a minha recente entrada e curta experiência profissional, pois este é o meu primeiro emprego.
Não me assusta ser envolvido em projetos de grande dimensão e complexidade, bem pelo contrário, é uma excelente motivação saber que a empresa aposta em mim para dar o meu contributo a esses projetos.
Assim, encaro estes desafios como oportunidades excelentes de evoluir enquanto profissional e pessoa. No meu entender, os projetos mais difíceis de enfrentar, seja em termos técnicos, de tempo ou por qualquer outro motivo, são aqueles que permitem às pessoas evoluir e construir caráter profissional.
Os colegas referem ser muito organizado e focado. Que outras características considera importantes para quem quer trabalhar na área dos sistemas de automação?
A organização e o foco são características genéricas que beneficiam qualquer tipo de tarefa em qualquer área. Não obstante, acredito que são características essenciais na área das engenharias, onde a tomada de decisões deve ser feita do modo mais informado possível e com conhecimentos nas diversas áreas.
Devido à sua natureza, trabalhar na área da engenharia de automação requer algumas características mais específicas como pensamento analítico, pensamento crítico, capacidade de abstração, de desconstruir processos complexos em diversos microprocessos e de idealizar novos processos baseados num conceito base.
Acredito que cada uma destas características impulsiona o trabalho na engenharia de sistemas de automação, seja na perspetiva do desenvolvimento de novos sistemas, seja na análise de sistemas já existentes (engenharia inversa) ou até numa perspetiva de melhoria contínua dos processos já automatizados.
Ao longo do seu percurso profissional tem vindo a especializar-se na área da robótica. O que o fascina nessa área?
Desde bastante novo que as tarefas repetitivas me aborrecem. Como tal, sempre procurei automatizá-las de alguma forma. Por conseguinte, tenho um gosto especial pelo conceito de desenvolver um automatismo uma só vez e poder ver o processo a ser executado infinitas vezes.
Ainda hoje me fascina a ideia de que os sistemas automatizados desenvolvidos atualmente podem impactar de forma muito expressiva a qualidade de vida das próximas gerações. Futuramente, poderá deixar de ser necessário desgastar o corpo humano com tarefas repetitivas e físicas, tudo devido à crescente utilização dos sistemas automatizados e robotizados.
Este aumento da utilização de sistemas robotizados pode direcionar a humanidade para uma maior utilização da ferramenta biológica que ainda não foi possível replicar através da ciência: o cérebro humano.
Sabemos que tem um gosto especial por carros elétricos. Quer falar-nos um pouco desse interesse?
O meu interesse nos carros elétricos começa no meu fascínio pela área da eletrotecnia. Os carros elétricos modernos são o produto de décadas de evolução tecnológica, podendo ser considerados, de certo modo, uma ode à engenharia eletrotécnica e eletrónica.
A tecnologia evoluiu de tal forma que permitiu, nos últimos anos, agregar uma imensidade de sistemas elétricos, eletrónicos e mecânicos numa plataforma móvel baseada nos cânones contemporâneos do setor automóvel. Basta recuar duas ou três décadas no tempo e notar que muitas das tecnologias ainda não tinham sido desenvolvidas e, mesmo as que já existiam, apenas eram concretizáveis com implementações de várias ordens de grandeza superiores às atuais.
A par deste meu fascínio da evolução tecnológica, já tive a oportunidade de conduzir alguns modelos de carros elétricos e acrescentar o gosto pela sensação e estilo de condução deste tipo de veículos, quando comparados com os tradicionais automóveis com motor térmico.
Relativamente aos seus tempos livres, tem algum hobby?
Os meus hobbies vão variando com as fases da lua e há muita coisa que gosto de fazer nos meus tempos livres, pelo que é impossível escolher apenas um.
Aqueles aos quais recorro com mais frequência são ouvir música e tocar guitarra, jogar videojogos, praticar natação ou ciclismo, passear ao ar livre, cozinhar ou a bricolage.