Celebra em abril um ano de trabalho na Controlar. Conte-nos como foi o seu percurso profissional antes de chegar à empresa?
No final da licenciatura comecei a trabalhar como técnico de espetáculos, montando toda a estrutura e equipamento de luz e som em eventos, primeiro em festas populares ou concentrações motard e, mais tarde, em eventos significativamente maiores, que atraíam dezenas de milhares de pessoas.
Entretanto, houve um colega de faculdade que estava a trabalhar na Controlar e referenciou a empresa. Depois de visitar o website e LinkedIn da Controlar, fiquei ainda mais motivado. Identifiquei-me com este setor de atividade e resolvi enviar o meu CV. Foi uma candidatura espontânea que correu bem e determinou uma mudança na minha carreira.
Se tivesse de escolher três momentos-chave destes primeiros meses de trabalho na Controlar, quais seriam?
Definitivamente seriam o primeiro dia de trabalho no departamento de Test Systems, em que fui calorosamente bem recebido pela equipa e pelos restantes colaboradores. Todos se prontificaram sempre a ajudar e pacientemente foram-me ensinando os métodos e as ferramentas empregues na empresa.
Seguidamente, a conclusão do primeiro projeto para um cliente que me foi adjudicado. Foi muito gratificante, quer pela satisfação do cliente, quer pelo desenvolvimento do projeto em si.
Finalmente, tenho de considerar a primeira deslocação em trabalho à fábrica da Visteon, em Palmela, onde estive há alguns meses. Além da sua vasta dimensão, todo aquele ambiente industrial e tecnológico é um local extremamente educativo e incrível de se observar.
Durante o ano passado frequentou o mestrado integrado em Engenharia Eletrónica Industrial e Computadores e a sua dissertação é na área da Internet of Things. Quer partilhar algumas das conclusões a que já chegou com este trabalho?
Uma das muitas aplicabilidades da Internet of Things é na recolha contínua de dados sobre um determinado ambiente ou aplicação, encaminhando a informação proveniente dos sensores até um servidor, de onde os dados podem ser avaliados.
O projeto insere-se na promoção da agricultura em zonas isoladas, por meio de furos de captação de água e implementação e monitorização de um sistema eficiente de irrigação.
Face à inexistência de rede elétrica e quaisquer infraestruturas de comunicações, a solução encontrada recorre a painéis solares para o fornecimento de eletricidade e à tecnologia LoRa para encaminhamento dos dados, já que o seu princípio de funcionamento permite a comunicação entre uma infinidade de sensores entre longas distâncias, sem a necessidade de uma infraestrutura já existente.
Como é o seu dia a dia de trabalho? Quais são, na sua opinião, os grandes desafios das funções que ocupa?
Encontrando-me envolvido maioritariamente no desenvolvimento de software de teste, os diferentes produtos do cliente implicam sempre novos desafios, quer no arranque do projeto, quer no seu desenvolvimento, pelo que cada dia é sempre diferente e temos sempre a oportunidade de aprender algo novo.
Além disso, temos sempre de garantir a satisfação do cliente, assegurar uma rápida execução do software e tentar ao máximo elaborar soluções que permitam igualmente a sua replicação em projetos futuros.
Na sua opinião, a Controlar é um bom local para se trabalhar?
A Controlar é um ótimo local para se trabalhar, com imenso potencial e que transmite um vasto conhecimento sobre a indústria eletrónica e automóvel, com a qual me identifico. A empresa potencia a aquisição de conhecimentos em ferramentas de trabalho específicas, como o LabView, uma linguagem de programação bastante utilizada na área de testes industriais. Por outro lado, dá-nos a possibilidade de trabalhar no cliente, in loco, e não de estar sempre em frente a uma secretária, o que acaba também por tornar o meu dia a dia mais dinâmico.