Chegou à Controlar em 2019 para realizar um estágio no âmbito do Curso de Mecatrónica, Robótica e Engenharia de Controlo e Automação do CENFIM e ficou na empresa. O que o atraiu na Controlar?
O que mais me atraiu foi a maneira como fui acolhido por todos, dentro e fora da minha equipa, desde o primeiro dia. Tive a sorte de entrar numa altura bastante atarefada e em que as montagens tinham poucos recursos. Por causa disso, consegui desde o início mostrar o que sabia e gostava de saber fazer. Apesar de ser estagiário, sempre estive muito à vontade a trabalhar com tudo o que me punham à frente.
A vossa equipa tem de estar preparada para a segurança do trabalho e manutenção de máquinas e equipamentos. Como é que é feita essa preparação?
Grande parte dessa preparação é bastante simples. Se envolver ruído, usamos abafadores de som idealmente. O calçado de proteção é obrigatório sempre que estamos em zonas em que há peças ou ferramentas pesadas que possam cair. Os óculos de proteção devem ser usados sempre que haja risco de projeção de limalhas ou outros. Luvas também são essenciais para trabalhos mais perigosos e já me protegeram mais que uma vez. Tudo isto aprendi no curso, mas foi reforçado a partir do momento que entrei para a Controlar.
Os colegas referem a vontade de aprender mais e fazer sempre melhor como alguns dos traços que o caracterizam. Acha que esses traços o ajudaram a adaptar-se à empresa?
Acho que se eu não fosse assim, não teria sequer sido convidado a entrar na equipa da mecânica. Foi rara a situação em que não aprendi algo novo com um projeto, e sempre tive a oportunidade de fazer um melhor trabalho com projetos já existentes. Nem todos os dias são bons, também faço asneiras, mas não fico sossegado enquanto não resolver o que fiz e descobrir como devia ter feito.
Durante o meu estágio, estive uma semana a ver e a aprender como funciona a montagem de camas de agulhas. No início achei estranho, visto que não tem nada a ver com montar máquinas e estruturas. São projetos que nos cabem na secretária de início ao fim. Hoje, estou também a montar camas de agulhas, com a vontade de aprender mais e com o objetivo de desempenhar esse trabalho sempre melhor.
Ao longo do seu percurso na empresa, há algum projeto que se destaque e em que tenha gostado especialmente de trabalhar? Porquê?
Há vários projetos em que gostei de trabalhar, escolher apenas um seria difícil. Os que talvez se destaquem mais são aqueles em que trabalhei mal entrei na Controlar. Foi por causa deles que posso e consigo fazer o que faço.
Se tivesse de escolher as três coisas de que mais gosta na Controlar, o que diria?
Tendo de escolher três, a primeira teria de ser o companheirismo, poder sentir-me entre amigos no trabalho, acho que é bastante importante. Também gosto muito das condições no meu local de trabalho — tenho todas as ferramentas de que preciso para fazer um bom trabalho — e ainda a prontidão de todos para ajudar no que for preciso, mesmo que não esteja relacionado diretamente com trabalho.
Numa nota mais pessoal, sabemos que gosta muito de carros. Como surgiu essa paixão?
Não consigo dizer como surgiu, sempre fez parte da minha infância: brincava com carros, adorava andar de carro, de andar na estrada, não precisava sequer de um destino.
Quando era mais pequeno sempre brinquei com Lego, montava tudo como mandavam os manuais. Uns dias depois, estava desmontado e numa pilha. Com essas peças, passava tardes a fio a inventar e, grande parte das vezes, saiam carrinhos dessas invenções.
Fiquei mais velho, comecei a olhar para os carros pelo lado da mecânica… Como funcionam, as inúmeras coisas que se passam dentro de um motor. Ainda hoje isso me fascina, perco-me a falar de como as várias peças trabalham em uníssono umas com as outras.