Há quantos anos trabalha na Controlar e qual o balanço que faz de modo geral?
Entrei na Controlar em 2013, portanto fará oito anos dentro de poucos meses. De modo geral, o balanço é positivo. Apesar de já ter alguma experiência profissional quando cá cheguei, ainda era um “miúdo” a começar a carreira. A Controlar abriu-me as portas e depositou uma grande confiança em mim. Após ter sido contratado para Responsável de Logística, durante os anos subsequentes, dediquei-me a dar o meu melhor para retribuir essa confiança. Posso dizer que foi aqui que cresci como profissional e como pessoa.
Começou como Responsável de Logística, depois passou para Técnico de Automação, assumindo recentemente o cargo de Técnico de Planeamento. Como encara esta transferência de cargos?
Na verdade, a grande mudança aconteceu quando deixei a Logística e passei para a equipa de Automação. No final de 2017, sentia que precisava de uma mudança para poder continuar a crescer e a oferecer o melhor de mim à empresa. A Controlar proporcionou-a da melhor forma possível e integrei a equipa de Engenharia de Automação como Técnico de Planeamento. Recentemente essas funções alargaram-se com a criação do Departamento de Planeamento Global. Apenas alarguei o foco das minhas funções, mas encarei esta mudança de forma muito positiva, sobretudo porque foi algo que partiu da minha vontade.
Podemos afirmar que a polivalência, versatilidade e flexibilidade fazem parte do seu ADN?
Sem dúvida. Quando entrei na Controlar, a minha missão foi criar o armazém praticamente do zero. A Controlar cresceu imenso neste período e foram anos de bastante exigência. O desafio de “construir” um departamento e uma equipa durante este crescimento foi gratificante, mas ao mesmo tempo causou algum desgaste. Aprendi muito nesse processo, conheci bem todo o fluxo interno, quais os resultados esperados e a minha polivalência foi-se desenvolvendo com a experiência.
O que faz exatamente um Técnico de Planeamento?
A nossa missão é garantir a fluidez operacional da execução de projetos. Num ambiente como o nosso, em que há múltiplos projetos a decorrer em simultâneo, é crucial ter uma visão rigorosa do que está a acontecer nos diferentes departamentos. O nosso dia a dia passa por reunir com os responsáveis de cada departamento, recolher informação, analisá-la cuidadosamente e antecipar os problemas.
Tem de realizar a ligação entre as áreas de engenharia, mecânica, montagens, compras, logística… a fim de garantir o fluxo de informações e o cumprimento dos prazos acordados. Como gere essa responsabilidade?
O departamento é recente e ainda estamos a afinar os mecanismos necessários para o cumprimento dos objetivos da empresa. Gerimos essa responsabilidade com seriedade e procuramos oferecer uma perspetiva mais fria e analítica para suportar as tomadas de decisão. É essencial antecipar e mitigar problemas para garantir que existe sincronismo entre todos e que os prazos são cumpridos. Lidamos com todos os departamentos diariamente e é necessário sabermos ouvir cada indivíduo mantendo o foco no coletivo.
Hoje em dia, há uma maior perceção por parte das empresas da necessidade de se cumprirem processos específicos para o desenvolvimento de projetos, com o objetivo final de se produzir mais, em menos tempo e com menos recursos. Como está a correr na Controlar?
O próprio crescimento da Controlar obriga-nos a uma constante restruturação. A criação do Departamento de Planeamento Global é uma evidência disso mesmo, uma vez que esta visão se tornou essencial para a nossa forma de atuar no mercado. Considero que a Controlar está no caminho certo para o sucesso.
Paralelamente, tem sido um dos elementos fundamentais na implementação da plataforma Bitrix. Está a correr bem?
Ainda é prematuro dizer que está a correr bem, mas a perspetiva é que daqui a alguns meses essa seja a opinião geral de todos os colegas. Apenas recentemente começamos a fazer algumas mudanças que vão agilizar a gestão de projetos, portanto o impacto positivo ainda não foi sentido.
Todos os processos de implementação sofrem alguma inércia e uma mudança profunda no modo como a empresa “comunica” internamente é sempre um desafio algo complexo. Estamos no bom caminho e a longo prazo acredito que será um sucesso.
Quais são as aptidões e características necessárias para o bom desempenho da sua profissão? Já as possuía ou desenvolveu durante o seu percurso profissional?
Um pouco de ambos. Considero que estamos permanentemente em desenvolvimento e vamos aprendendo um pouco com todas as experiências que vivemos. Na minha opinião, nesta profissão, as soft skills são mais relevantes que o conhecimento técnico. Um técnico de planeamento deve ser metódico, colaborativo, emocionalmente equilibrado para lidar com situações de pressão e tomada de decisão, e sobretudo ser capaz de comunicar com eficácia. Adicionalmente, conhecer a parte técnica da nossa atividade é uma clara mais-valia para conseguirmos antecipar e mitigar problemas.
Por fim, de que forma é que a Controlar influenciou a sua vida?
Acho que fui respondendo a esta pergunta ao longo da entrevista. Ao fim de tantos anos, é inegável que a Controlar tem uma grande influência na minha vida. O maior desafio que enfrentei foi encontrar o equilíbrio na balança entre a vida profissional e pessoal. Uma vez encontrado, tudo se tornou mais fácil.